Lula afirma que não quer Forças Armadas atuando em favelas

Gustavo Mendex


 Presidente Lula Reforça Compromisso com o Papel dos Militares e Segurança no Rio de Janeiro


Nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou sua posição sobre o envolvimento dos militares em seu governo e na segurança pública no Rio de Janeiro, esclarecendo sua abordagem em relação a essas questões cruciais para o país. Em meio a críticas à gestão anterior e ao cenário atual do país, Lula destacou sua visão clara e determinada sobre o papel das Forças Armadas e a segurança no estado carioca.


Em uma série de declarações contundentes, Lula criticou a administração anterior, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e caracterizou o episódio de 8 de janeiro em Brasília como um "desvio", onde um governante tentou utilizar as instituições para fins políticos, algo que ele se comprometeu a evitar durante seu mandato.


O presidente enfatizou sua firme posição de manter os militares ativos afastados da política partidária e, mais crucialmente, das operações de segurança nas comunidades do Rio de Janeiro. Ele afirmou de forma clara e inequívoca: "Eu não quero as Forças Armadas na favela, brigando com bandidos. Não é esse o papel das Forças Armadas."


Lula assegurou à nação que não planeja acionar o dispositivo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante seu governo, reforçando sua crença fundamental na liderança civil sobre questões de segurança. "Enquanto eu for presidente, não tem GLO. Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse país," declarou ele, reiterando seu compromisso com a ordem constitucional e a governança democrática.


Sobre a situação específica no Rio de Janeiro, Lula enfatizou a necessidade de uma ação conjunta e colaborativa de todas as forças de segurança. No entanto, ele se opôs veementemente a intervenções militares abruptas, argumentando que essas estratégias não obtiveram sucesso no passado. Em vez disso, ele propôs uma abordagem mais equilibrada, envolvendo cooperação entre forças de segurança civil, programas sociais e esforços de desenvolvimento econômico para combater as causas profundas da criminalidade.


Além disso, o presidente destacou a importância de uma relação saudável e respeitosa entre militares e civis. Ele enfatizou que seu governo está trabalhando para mostrar que não há superioridade entre os dois grupos e que ambos estão subordinados à Constituição. Lula também revelou planos para uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impedirá militares que ingressarem na política de retornar às Forças Armadas, destacando a necessidade de manter a separação clara entre a esfera política e a militar.


Essas declarações do presidente Lula refletem seu compromisso em buscar um equilíbrio entre as responsabilidades das Forças Armadas e das forças de segurança civil, bem como sua determinação em respeitar a ordem constitucional e a governança democrática do Brasil. Em um momento de desafios complexos, o país aguarda com expectativa para ver como essas políticas se desdobrarão e como o Brasil moldará seu futuro sob a liderança de Lula da Silva.

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