"Mulher diagnosticada com esclerose múltipla descobre após uma década que teve um AVC"
Gabriela Trevenzolli, aos 32 anos, procurou ajuda médica em 2011 após sentir uma fraqueza súbita em uma festa. Ela foi diagnosticada com esclerose múltipla na época, mas após uma década, durante uma consulta de rotina, descobriu que na verdade teve um AVC em 2011 e não a doença neurodegenerativa.
Gabriela descreveu o episódio em que começou a sentir fraqueza repentina durante uma festa, perdendo a mobilidade do lado direito do corpo. Levada ao pronto-socorro, não foi internada, sendo enviada para casa, onde seu quadro piorou. Retornou ao hospital dois dias depois, sendo então diagnosticada com esclerose múltipla, tratada com pulsoterapia e corticoides, mas apresentou sequelas, como tremores e dificuldades motoras.
Ao longo de uma década, Gabriela fez tratamento para esclerose múltipla e acompanhamento anual com ressonância magnética, até que um exame revelou uma lesão diferente, levantando suspeitas sobre o diagnóstico anterior. Após investigações, descobriu-se que ela possui trombofilia, predisposição à formação de coágulos, e teve um AVC em 2011, o que mudou completamente sua perspectiva sobre a doença que enfrentava.
A revelação foi impactante para Gabriela, que lidou com sentimentos de alívio por ser uma condição mais fácil de cuidar, mas também com preocupações sobre o tempo perdido com um diagnóstico incorreto. A dificuldade em compartilhar a notícia com seus seguidores nas redes sociais, que se inspiravam em sua história de superação, foi outro desafio enfrentado por ela.
Apesar da descoberta impactante, Gabriela não responsabiliza diretamente nenhum médico pelo diagnóstico errado, mas expressa frustração com a atitude do médico plantonista que a mandou para casa durante o evento em que começou a sentir sintomas, pois, independentemente do diagnóstico correto, o atraso no atendimento pode ter agravado sua condição.
Gabriela agora enfrenta a nova realidade com tranquilidade, tomando apenas um comprimido por dia para o tratamento da trombofilia, mas permanece consciente da possibilidade de futuros AVCs. Sua história ressalta a importância do diagnóstico preciso e do atendimento imediato em casos de condições neurológicas, destacando os desafios enfrentados por muitos pacientes diante de diagnósticos médicos imprecisos ou atrasados.